quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Sinal dos tempos. Os mamutes estão se mexendo.


Hoje pela manhã me deparei com a seguinte notícia. "Telejornal de maior audiência do País troca cenário e adota linguagem mais informal e interativa para continuar atraindo o público"
 
Se até o JN um ícone da comunicação está tento que se adaptar as mudanças a coisa tá feia para a comunicação tradicional. Essa afirmação não é novidade, mas a novidade está em um produto super tradicional de um veículo líder se movimentar antes de ser movimentado a revelia.

Para ter uma dimensão desta afirmação, vocês sabiam que o tráfego nas redes sociais superou o dos sites de pornografia? Isto tudo considerando que mais de 40 milhões de brasileiros acessam a internet.

Com a popularização dos preços dos PC’s e com os notebooks indo pelo mesmo caminho, imagina o quanto ainda temos que crescer, ou seja, a Internet ainda vai mexer e muito com os hábitos de consumo das mídias tradicionais pelos brasileiros.

Algumas empresas começam a se mexer antes, como é o caso da Unilever, que começou a diversificar sua comunicação há cerca de 3 anos e agora começa a colher os louros. Leia mais sobre este caso aqui.

O JN ainda hoje concentra alta audiência – de cada cem televisores ligados no horário cerca de 57 estão sintonizados na Globo - antes era quase uma unanimidade, mas graças a diversificação da programação, da influência da Internet estes índices tem caído cada vez mais.

Mesmo assim o jornal ainda é o queridinho dos anunciantes, pois seu break é mais curto e a quantidade de comerciais é menor, o que provoca menos “sapeação” entre os telespectadores.

Seu público fiel é composto prioritariamente pela classe C (41%, ante 27% das classes AB e 32% da DE, segundo o Ibope Telereport), o JN aposta em uma linguagem mais simples e informal, hoje incorporada especialmente pelas figuras de seus âncoras, o casal William Bonner e Fátima Bernardes.

Tanto Fátima quanto Bonner se tornaram mais do que pessoas públicas. Eles alcançaram status de celebridade. Basta lembrar o episódio da chapinha japonesa, quando a mudança no cabelo de Fátima tornou-se uma das notícias mais comentadas do Brasil.

Não precisa ser muito esperto para concluir que nada, mas nada será como antes. O poder se transferiu de mãos e o consumidor começa finalmente a ditar as regras, fazendo com os gigantes comessem a repensar suas estratégias e principalmente onde irão concentrar seus investimentos.

Finalmente chegamos a este patamar!!! Porque até pouco tempo atrás as empresas faziam o que era mais interessante e melhor para elas (ahhh!!!).

Antes pessoas sem voz, agora começam a se levantar, impor sua opinião, exigir respeito e serem ouvidas pelos seus iguais e até superiores, provocando uma revolução. As redes sociais vieram para ficar e se duvidar substituirão a pornografia como principal motivo de acessarem a rede, ops isto já aconteceu. O que mais virá pela frente??

Fonte: Jornal Meio e Mensagem

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